CONVERSANDO SOBRE CONSCIÊNCIA, AMOR, MATURIDADE E EMOÇÕES

(Uma Entrevista* com um dos Espíritos da Companhia do Amor)

– Por que as pessoas tanto temem se abrir para um grande amor?
R. Por causa do rabo preso no próprio ego. Por medo de ficar vulnerável no contato com os outros. E por falta de profundidade para viver com o amor real pulsando no próprio coração.

Logo, somando-se esses fatores, observa-se, claramente, o porquê das relações humanas serem tão complicadas. A maioria quer viver um grande amor, mas só na teoria, ou na base de um romantismo distorcido.

Contudo, o amor não vive de teorias ou de fantasias de romance. A realidade cobra posturas e posições claras e, por vezes, surgem atritos variados e dificuldades de relacionamento. Sem maturidade e verdade, não há amor que resista.

– Como é possível as pessoas se amarem e, ao mesmo tempo, brigarem tanto?
R. Meu caro, quando o coração aperta, não é fácil!

Então, lhe digo o seguinte: “Quem vive cheio de emoções pequenas e instáveis, não tem condições de suportar a força e a luz de um grande amor.”

E as pessoas brigam mesmo é por arrogância encruada e rasura consciencial. A maioria carrega um monte de penduricalhos emocionais agarrados no coração, causando peso e agonia. E se pelam de medo de soltar tais bugigangas afetivas. Aliás, não sabem nem viver sem elas.

– E pessoas presas de ciúmes doentios? O que se passa com elas?
R. Insegurança crônica! Falta de doses cavalares de bom senso! Ou traumas trazidos de outras relações anteriores, dessa ou de outras vidas.

Trata-se de doença crônica da mente. Precisa ser combatida e tratada adequadamente. E algumas pessoas ensandecidas de ciúmes e emoções gosmentas tomam atitudes drásticas, mesmo sem causa verdadeira para tanto. Gritam, esperneiam e brigam facilmente, movidas por suspeitas, muitas vezes infundadas. Algumas mais parecem detetives investigando a vida do parceiro(a). Fuçam no celular e na bolsa alheia, procurando provas do suposto crime da pessoa amada. Pena que elas não procurem sabedoria nem consciência com tanta vontade.

– Certa vez, você me disse que as pessoas com baixa auto-estima perderam o respeito, inclusive por si mesmas. Você pode me falar mais alguma coisa sobre isso?
R. Claro. “Está na ponta da língua”, como se dizia antigamente.

Quem não respeita a si próprio, não tem como respeitar aos outros. E nem a própria existência. Por isso, é prioritário recuperar a auto-estima e batalhar para melhorar. Isso não pode depender de contextos exteriores, é coisa de dentro, no cerne da própria inteligência.

“Estar bem” é um estado de consciência! Depende da pessoa não se conformar com estados internos deprimentes. Ninguém deve aceitar climas sombrios dentro do coração. E nem manchas cinzentas toldando o raciocínio. É essencial trabalhar em cima disso. E, se for preciso, procurar ajuda para vencer a miséria de dentro. Mas, sempre lembrando que toda ajuda externa, por melhor que seja, depende da vontade da própria pessoa de melhorar.

Fazer terapia ajuda muito. Rezar também. E procurar clarear a “cuca” com idéias bem arejadas. Porém, a principal força de renovação está dentro dela mesma. O objetivo é resgatar essa parte essencial e trazê-la para a vida. E se a própria pessoa não quiser melhorar, quem poderá dar jeito nela?

É por isso que o Papai do Céu criou o Dr. Carma**; quando a pessoa empaca igual burro teimoso, é Ele que vem resolver a parada. E se o amor e a inteligência não convencem, Ele entra com a medicação certa: a dor (física, moral ou espiritual, tanto faz).

E a sabedoria popular registra isso com a seguinte máxima: “Quem não evolui pelo amor, vai pela dor!”

v- Como lidar com as emoções?
R. Meu caro, não tem técnica para isso aí, não.

O lance é observar a si mesmo e aprender com os próprios erros, e evitar repeti-los tolamente. As emoções não são boas ou más, e fazem parte do ser humano. Boa ou ruim é a forma como os homens lidam com elas. Alguns explodem facilmente; outros se retraem e não enfrentam a verdade de frente; e outros mais, se deixam levar sem reação saudável.

A maioria exagera mesmo! Partindo para cima, ou correndo de medo, as pessoas são presas fáceis de suas confusões afetivas; são verdadeiros joguetes, sendo balançados, para cá e para lá, ao sabor de suas próprias sandices emocionais.
Como falar de amor real para quem está cheio de tantas fantasias distorcidas e rasura emocional?

– O choro alivia a alma?
R. Depende do tipo de choro, e de quem chora, pois há choros de vários tipos.
Alguns choram porque seu ego foi ferido de alguma maneira. Esse é o verdadeiro motivo das pessoas não processarem muito bem suas perdas afetivas. Outros choram porque não conseguiram o que queriam, seja lá o que for. E outros, ainda, choram de chantagem emocional.

E essa choradeira não dá em nada! Porque não é choro d’alma, é choro do ego!
O choro que lava a alma é aquele que vem da alegria espontânea e do amor verdadeiro. E, falando direto, na lata, como manda o figurino, as pessoas choram muito, por isso ou por aquilo, mas, quem chora pela falta de consciência em si mesmo? Ou pela falta de qualidade de suas emoções? E quem chora pelo Papai do Céu?

– Como fica o coração que permite a entrada do ódio e da vingança?
R. Um lixo! E coração não é lugar de tranqueiras emocionais.

O ódio deixa a pessoa doente, por dentro, e causa sérios bloqueios nas energias, empatando o impulso da vida de fluir livremente pelo sistema.

Odiar custa caro! Mesmo assim, tem gente que se deixa levar…

E, novamente eu pergunto: “Como falar de amor para gente assim, tão infeliz e apagada?”

– E a solidão? Fale algo sobre isso.
R. Que solidão, meu caro? Isso não existe!

Nesse mesmo momento, se alguém lhe visse, diria que você está sozinho. E, no entanto, eu estou aqui junto com você. O outro nome da solidão é “cegueira espiritual”.

Alguém pode estar sozinho no plano físico, mas, sem sentir solidão, estando bem consigo mesmo; enquanto outros podem estar no meio de uma multidão, mas sentindo-se deslocados e solitários. Tudo depende de como as pessoas lidam com isso.

O ser humano tem necessidade de se relacionar, é de sua própria natureza.

Porém, às vezes, também precisa ficar sozinho, para refletir e reciclar a si mesmo.
Agora, o pior é ter tudo o que se quer na mão, mas, ainda assim, sentindo-se insatisfeito e infeliz. Então, a solidão aparece e cobra seu preço.

E a pior solidão é a daquele que não reconhece a presença do Papai do Céu em todas as coisas. E o mundo está cheio de gente assim.

– Você sabe do caso de minha amiga que foi traída e tomou um chute do parceiro, e viu o que eu disse para ela na ocasião. Então, você pode me falar algo a respeito disso?
R. Quando a pessoa está bem consigo mesma, tomar um chute não é o fim do mundo. Ela processa bem o fato, até porque sua auto-estima é boa e seu respeito por si mesma é maior. Ela absorve o golpe e supera rapidamente, seguindo em frente… Inclusive, porque conhece bem seu coração e sabe que nada sujo pode habitar ali, muito menos a mágoa ou remoques de qualquer tipo. E ela sabe de seu valor e confia em sua luz.

Em contrapartida, se a pessoa não estiver bem com ela mesma, carregará seu coração de peso e dor. E isso só causará prejuízos em sua vida. Se o ego dela for grande, não suportará a rejeição e se sentirá no papel de vítima.

Às vezes, perder alguém pode ser de grande valia para a maturidade tomar seu lugar. O lado bom é o da quebra do ego, mostrando o que precisa ser trabalhado dentro da pessoa. Então, diga para sua amiga que, se ela se considera do bem e da luz, que supere logo a tristeza e siga em frente… E, se ela for boa como pensa, compreenderá isso claramente.

E, diga mais uma coisa para ela: “Não precisa ser santa para superar uma situação dessas; basta ser razoável consigo mesma. E não valorize tanto o que aconteceu; afinal, quem perdeu uma boa pessoa foi ele. E, por favor, dê um jeito de ser feliz, com alguém ao seu lado, ou não, quem sabe? O que não se pode admitir, em hipótese alguma, é a perda da luz do coração.”

– Como você é um craque nesses lances emocionais, deixe algum toque final para os leitores.
R. Craque é o Papai do Céu, meu chapa! Ele bate um bolão e o campo d’Ele é o universo inteiro. Ele é o Cara!

O meu apontamento final é o seguinte: “O Amor é maior do que tudo; não tem idade e nem vê aparência; não é medido por valores materiais, esses ou aqueles; jamais julga ou cria dramas; não é drástico e nem machuca; é, verdadeiramente, um estado de consciência.

Para aguentar um Grande Amor no coração, só sendo uma grande pessoa; porque sua luz é intensa e fere os olhos de quem não quer enxergar além de suas ilusões.”
Meu caro, fique bem feliz, sempre…

Que o Papai do Céu abençoe a todos os leitores.

P.S.:
Muita gente voa nos aviões de suas ilusões, e chega em parte alguma.
Contudo, quem é esperto (e desperto), salta fora desses vôos ruins.
Quem ama, realmente, só voa de primeira classe, nas asas do Papai do Céu.
Na Terra ou no Astral, o Amor é a força de tudo o que é forte.
Quem sabe disso, é feliz.

– Companhia do Amor – A Turma dos Poetas em Flor***.

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 14 de novembro de 2009.)

– Nota de Wagner Borges:
Ah, o amor!
Aplaca a fera;
Amansa o ego;
Abre os olhos;
Faz rir de nada;
Faz a luz eclodir;
Faz viver;
E derrete o coração…
Ah, derrete, sim.
E quem ama, sabe.
E agradece.
Porque o Amor é um presente.
E faz a consciência virar sol.

Paz e Luz.

– Notas do Texto:
* Esses escritos são a transcrição de um papo extrafísico com um dos espíritos da Companhia do Amor. O lance rolou durante uma experiência extracorpórea, e continuou depois, quando voltei ao corpo denso. Então, corri e escrevi tudo rapidamente, para não perder o registro desses apontamentos interplanos. E o melhor: o amigo espiritual me prometeu retomar esse tema das emoções, oportunamente.

Aproveito e deixo registrada aqui a minha alegria por esses lances extrafísicos tão legais. E também agradeço a amizade e o respeito desses amigos espirituais.

Mesmo depois de tantos anos de estrada espiritual, ainda fico igual criança com tudo isso. E me sinto cada vez mais espiritualista, não por causa de alguma doutrina criada pelos homens da Terra, mas, simplesmente, por estado de consciência. E vamos em frente, sempre pela Luz…

** Carma – do sânscrito “Karma” – ação; causa – é a lei universal de causa e efeito – Tudo aquilo que pensamos, sentimos e fazemos são movimentações vibracionais nos planos mental, astral e físico, gerando causas que inexoravelmente apresentam seus efeitos correspondentes no universo interdimensional. Logo, obviamente não há efeito sem causa, e os efeitos procuram naturalmente as suas causas correspondentes. A isso os antigos hindus chamaram de carma.

*** A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor. Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.

Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros “Companhia do Amor – A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2” – Edição independente – Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): www.ippb.org.br.

IDADES

Cada pessoa tem uma idade física e uma idade espiritual. Por exemplo, uma pessoa pode ter 30 anos de idade física.

No entanto, sabemos que, como espírito, ela pode ter trilhões de anos, pois já pré-existia antes do nascimento físico. Logo, um bebê é um ex-adulto com trilhões de anos de evolução e alguns meses de idade física.

Já um velhinho, é uma ex-criança com vários anos de idade física, que está na iminência de ser, novamente, a criança-adulto-espírito de trilhões de anos espirituais, quando a morte o chamar de volta à cronologia cósmica.

E assim, o velho ex-criança e a criança ex-adulto movem-se no ritmo da reencarnação, sob a batuta do Criador, que as crianças chamam de “Papai do Céu”, e os velhinhos chamam de Deus, Alá, Brahma, Jeová, Tupã e outros. Já no plano espiritual, o Criador é chamado de “Velho-Criança”; velho porque é a sabedoria eterna; criança porque é a esperança renovada a cada experiência e tem sempre alguma novidade para oferecer aos espíritos em evolução.

E, sobretudo, porque tem sempre o sorriso terno da criança e a maturidade do ancião em cada olhar. –

Wagner Borges – São Paulo, 19 de abril de 1999.
www.ippb.org.br

IDADES II

Existe uma velhice que ninguém nota.
E não tem nada a ver com a idade do corpo.
É um estado de consciência!
Quando permitimos pensamentos velhos e bolorentos em nossa mente, envelhecemos realmente…
E, quando deixamos as emoções estranhas tomarem conta de nossas vidas, destruímos o nosso equilíbrio e detonamos o coração.
Sim, nós envelhecemos por dentro, quando esquecemos o que somos verdadeiramente.
E nossos semblantes ficam carregados, independente da idade do corpo.
Por isso, há jovens com expressões envelhecidas; e anciões com expressão criativa e divertida, olhando a vida como crianças.
Ah, nós envelhecemos muito quando ficamos tristes e distantes de nós mesmos.
Então, precisamos mergulhar bem fundo em nós mesmos, para reconhecermos a Luz do Eterno que habita em nossos corações.
Somos consciências espirituais! Sempre fomos; sempre seremos…
Somos centelhas vivas de um Grande Amor.
No momento, estamos integrados a um corpo de argila, que nos foi emprestado pela Mãe Terra, para o nosso aprendizado e evolução.
Mas não temos idade alguma; porque somos imperecíveis e apenas entramos e saímos dos corpos transitórios.
Não nascemos, nem morremos; só entramos e saímos dos corpos que são pedacinhos vivos da Mãe Terra, que d’Ela surgem, e a Ela retornam, em seus ciclos vitais.
E nós também envelhecemos quando não tratamos bem o envoltório de argila que Ela nos empresta com tanto carinho.
E também quando agimos com ingratidão…
Ah, nós envelhecemos quando não respeitamos aos outros, à Mãe Terra, e a nós mesmos. E isso não tem nada a ver com a idade do corpo, mas com aquilo que acalentamos dentro de nossos corações.
Nós somos mais do que imaginamos. Somos a luz das estrelas na carne; descemos do Céu para dar brilho ao corpo de argila e deixarmos pegadas luminosas na pele da Mãe Terra.
Viemos de tão longe… Então, por que, às vezes, agimos de forma tão estranha e ficamos envelhecidos por dentro?
Ah, por que nos esquecemos da luz que habita em nossos corações?
Nós viemos de um Grande Amor… Então, vamos renovar nossos sonhos e disposições, que não têm idade alguma.
Cada dia é uma bênção, e fonte de eterno recomeço…
Não somos machos ou fêmeas, altos ou baixos, nem jovens ou velhos.
Somos o Eterno; o Infinito; e viemos de tão longe…
Sim, viemos trazer a luz estelar para a Mãe Terra.
Enquanto Ela nos empresta o corpo, nós lhe trazemos o brilho universal, porque somos espíritos. Somos centelhas vivas do Supremo!
Quando rimos, renovamos a expressão do rosto; e, quando amamos realmente, sem ilusões ou tolices, nossos olhos se tornam pequenos sóis.
Ah, nós somos mais do que pensamos. E viemos de tão longe…
Então, que nossos pensamentos e sentimentos sejam sempre luminosos.
Nós estamos aqui por um motivo. Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne; e nem com todo conhecimento do mundo.
Porém, uma parte de nós sabe e compreende o mistério.
Sim, aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência espiritual. Aquela luz, que veio de tão longe… Lá do Infinito Celeste.
Por causa de um Grande Amor, que não tem idade alguma.
Essa luz somos nós mesmos. Então, vamos assumi-la. Vamos ser felizes, aqui e agora.
Ah, viemos de tão longe… Então, vamos fazer valer à pena.

Com Amor e Gratidão.

Paz e Luz.

Wagner Borges – 48 anos de “encadernação’”,
mas com a eternidade no coração
e o brilho do infinito nos olhos…
São Paulo, 24 de setembro de 2009



22 toques conscienciais

(Ponderações Espiritualistas, Simples e Despretensiosas)

1. Tudo tem um duplo!

(A energia é a base de todas as coisas).

2. Emoções estagnadas bloqueiam a circulação sadia das energias.

(Má resolução afetiva = Bloqueios energéticos e Chacra cardíaco esmaecido).

3. As energias seguem os pensamentos.

(Cada um é o que pensa!)

4. Se a mágoa prende as energias, o oposto também é verdadeiro; o perdão libera as energias e faz o coração virar um sol.

(A compreensão enche a aura de luz).

5. Fios energéticos interligam as pessoas. Às vezes, espíritos densos se agarram nesses fios e interagem com as energias, conectando-se psiquicamente com aqueles que estão interligados. Muitas vezes, através dos acoplamentos áuricos negativos entre pessoas, espíritos densos interligam-se a elas e fazem um verdadeiro trampolim energético, pulando de uma para outra. O objetivo desse pessoal pesado é sempre o vampirismo psíquico e o rebaixamento espiritual de todos.

(Por isso o sábio Jesus ensinava que é preciso “orar e vigiar!”).

6. De que adianta uma vestimenta luxuosa, se, por dentro, o coração está miserável?

(A verdadeira roupa do Ser é sua aura, que reflete bem o que cada um pensa, sente e quer da vida e dos outros. Por isso, é essencial encher a aura de luz, diariamente, e lembrar-se da própria natureza espiritual).

7. Da mesma forma que é necessária e vital a higiene diária do corpo físico, assim também é em relação aos corpos sutis.

(Preces, meditações, mantras, contatos com a natureza, e estudos e práticas espirituais sadias renovam as energias dos corpos sutis e tornam a aura numa verdadeira “vestimenta de luz”).

8. Espíritos assediadores não ligam a mínima para a formação acadêmica de ninguém. Eles entram nas energias das pessoas por sintonia com o que elas pensam, sentem e fazem na vida. Não lhes interessa o diploma ou a cultura da vítima de seu vampirismo, pois, sempre procuram nela o clima psíquico interno adequado para suas atividades nefandas.

(Esse é um paradoxo curioso: espíritos infelizes, sem formação alguma, conseguem infligir grandes danos psíquicos em técnicos e doutores de várias áreas humanas, simplesmente explorando neles o mais básico: suas emoções mal-resolvidas e seus pensamentos estranhos).

10. Outros paradoxos estranhos: médiuns com medo de espíritos desencarnados; iogues que trabalham com práticas respiratórias, mas que são escravos do fumo; doutrinadores de sessões de desobsessão, que, sequer doutrinaram a si mesmos e jamais fazem o que dizem aos espíritos, principalmente perdoar a alguém; passistas, curadores prânicos e reikianos andando no mundo com os chacras das mãos apagados; projetores extrafisicos com medo das saídas do corpo; e espiritualistas variados que sempre falam de vida após a morte, mas não deixam de chorar e visitar tumbas no cemitério no dia de finados.

(E, mais um paradoxo, que nunca consegui entender: estudantes espirituais, de várias linhas, que estudam sobre carma e reencarnação, mas ainda padecem da doença do racismo e do preconceito em seus corações).

11. Ninguém é dono da verdade, mas tem gente que acha que sabe tudo!

E isso só revela o seguinte: dentro da magnitude da vida, em todos os níveis, planos e dimensões, quanto mais se estuda, mais dúvidas aparecem, pois se percebe, claramente, que o que se sabe é bem pouco diante do infinito. Logo, quem estuda a sério e com discernimento das coisas, descobre o óbvio: nunca saberá o bastante, nem em mil vidas…

Em contrapartida, pode descobrir a si mesmo e admirar-se com a grandeza da vida, e isso é mais importante do que os segredos do universo.

(Conhecer a si mesmo é o grande desafio do ser humano).

12. Alguém pode comprar o amor verdadeiro de outro? E que coisa da Terra poderá preencher o vazio existencial do coração?

(Nem bebida ou drogas são capazes de dar o que o próprio coração não descobriu: a arte de ser feliz).

13. Nenhum ser no universo pode dar discernimento a outro. Isso é tarefa íntima e intransferível. É fruto da própria experiência de ousar raciocinar e se erguer para além dos limites sensoriais e dos convencionalismos humanos. Não há nenhuma técnica de despertar da consciência que seja baseada na preguiça e no comodismo.

(Seres de luz podem dar toques conscienciais profundos, mas não podem viver a vida por ninguém).

14. A morte não muda ninguém, só joga a consciência definitivamente para fora do corpo físico, do jeitinho dela mesma, com todas as suas qualidades e defeitos.

(Não, não é a morte que muda a consciência. É a vida. E quem já descobriu isso, não espera a morte chegar para pensar, pois valoriza o tempo de seu viver para aprender o que for possível).

15. A cor da pele dos corpos humanos pode ser amarela, negra, branca ou vermelha, mas, a raça do espírito é da luz.

(Qual seria o povo escolhido de Deus, senão, todos os seres vivos?).

16. Mais do que ocidental ou oriental, cada ser humano é filho das estrelas.

(Ninguém é estranho. Todo ser vivo é cidadão do universo!).

17. Dizem que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Isso é verdade. Ele é muito criativo. Mas, bem que o próprio homem poderia escrever melhor nas páginas de sua vida…

(Também dizem por aí que, “pau que nasce torto, vive e morre torto”. Isso não é verdade. Uma das grandezas do homem é poder mudar as coisas e transcender os seus parâmetros limitados. Muitas pessoas mudam de vida e se erguem das cinzas de si mesmas, desentortando a própria consciência e melhorando suas jornadas de sua vida).

18. Amar não é só fantasiar, mas construir e realizar.

(Igual a uma plantinha, um relacionamento precisa ser regado com amor e atenção, senão, seca e morre).

19. Envelhecer não é um problema, faz parte do jogo de viver na Terra. É natural.

Porém, ver o tempo passar e somente ganhar rugas na cara, mas sem amadurecer, isso sim é encrenca!

(Há pessoas de idade com expressões joviais no rosto e cheias de vida e de interesse por coisas novas. Em contrapartida, há jovens com expressões envelhecidas e sem tesão de viver. Então, qual é a idade real de alguém? Aquela que se conta no corpo? Ou aquela outra, bem mais linda, que não se conta nas rugas ou nos cabelos brancos, mas no interesse pela vida e no sorriso franco, como a aurora iluminando a cara?

Ah, tem tanta gente de idade que parece criança arteira e, por isso, não parecem ter idade alguma, a não ser aquela que sua consciência feliz diz.

E tem tanta gente, supostamente jovem, mais parecendo “fim de feira”, chupados e jogados de lado, sem sonhos e sem vida, só ganhando rugas e sem aurora na cara.

Quem é o velho? Quem é o novo?

Ou, melhor dizendo, quem tem brilho na cara?).

20. A melhor fogueira é a do discernimento, que queima as tolices de dentro do próprio coração.

(Talvez, por isso, Jesus tenha ensinado o seguinte: “De que vale a uma pessoa ganhar o mundo, se ela perder sua alma?”).

21. Séculos antes de Buda e Jesus, Krishna já ensinava que o espírito é eterno, não nasce e nem morre, só entra e sai dos corpos perecíveis. Ele dizia para Arjuna, o seu discípulo-arqueiro: “O espírito é imperecível! O fogo não pode queimá-lo; a água não pode molhá-lo; e que arma feita pelo homem poderia destruir o princípio imperecível, que veio da Luz do Infinito?”

(Será por isso que, toda vez que passo em frente a um cemitério e olho os grandes mausoléus, começo a rir e a lembrar-me de Krishna tocando sua flauta, namorando as gopis e dizendo para Arjuna, o seu discípulo-arqueiro?: “O espírito é imperecível! O fogo não pode queimá-lo; a água não pode molhá-lo; e que arma feita pelo homem poderia destruir o princípio imperecível, que veio da Luz do Infinito?”

22. A missão de todo homem é uma só: viver! E, se puder, fazer o melhor possível.

(Talvez, por isso, o grande sábio chinês Lao-Tzé ensinou o seguinte: “O sábio pode até andar vestido em andrajos, mas ele carrega uma jóia dentro do seu coração”).

P.S.: Escrevi esses toques conscienciais de forma despretensiosa e informal, de improviso mesmo, enquanto preparava o material de um curso aqui em casa. Fui escrevendo… E deu nisso!

Oxalá, os leitores possam peneirar algo bom nessas ponderações conscienciais.

E eu desejo que a cara de cada um vire sol, na aurora de um sorriso…

E que um Grande Amor possa preencher seus corações…

Compreensão e discernimento.

Amor e alegria.

Energias lindas na jornada.

Paz e Luz.